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EXPOSIÇÃO EXCESSIVA DE ADOLESCENTES E JOVENS ÀS MÍDIAS SOCIAIS

O acesso cada vez mais fácil à tecnologia produziu efeitos inegáveis em todos os domínios da vida. A troca de informação assumiu formas cada vez mais rápidas para os jovens pertencentes às novas gerações, o que levou à utilização das recém-criadas habilidades de funcionamento mental que são expressivamente distintas daquelas de gerações que não utilizaram os dispositivos eletrônicos de hoje.

Está cada vez mais claro que esses recursos, quando usados em excesso, não promovem um avanço das habilidades cerebrais. Ao contrário, o uso demasiado das mídias eletrônicas, gera um excesso de informações que produz diversas consequências para memória, concentração e atenção.

É latente entre jovens universitários a dependência em relação aos celulares, a intensificação do fenômeno do sexting e a dificuldade de lidar com os problemas e frustrações cotidianas que não fazem parte do ambiente virtual.

O uso da internet, por meio dos games e mídias sociais, disponibiliza um ambiente altamente estimulante e recompensador, pois proporciona acesso fácil a um conjunto de atividades e não requer presença física. Para os adolescentes e jovens, esse é um ambiente extremamente sedutor. Os mesmos permanecem conectados, por períodos cada vez mais longos, pois desejam estar a par de tudo o que diz respeito ao mundo virtual. Dessa forma, sempre vigilantes, recebem cada notícia (esperada ou não) que aparece em sua página do Tik tok, X (Twitter), Instagram, Facebook, blogs, frequentemente dando maior magnitude emocional às situações da vida online do que às experiências da vida real, como os conteúdos ministrados em sala de aula. Ou seja, participam do que os estimula e evitam o que não lhes dá satisfação.

Tal processo de reforço contínuo torna muito ativa a recompensa dos mecanismos cerebrais, o que perpetua a necessidade de estar conectado, podendo levar ao surgimento de comportamentos compulsivos, aumentando, por exemplo, a prevalência de transtornos psíquicos, aumento da obesidade, de problemas de sono, oscilações de humor, comportamentos agressivos, dificuldades de aprendizagem e o empobrecimento do vocabulário.

A cognição, bem como o funcionamento mental, nos adolescentes, é treinada de maneira diferente, exibe traços e características de condutas que são muito diversos daqueles das gerações anteriores. As consequências devem ser avaliadas no longo prazo, pois mesmo que ganhem mais foco, rápida tomada de decisão, capacidade de multitarefa, tais habilidades mentais nem sempre se traduzem em melhor qualidade de funcionamento. Emerge o risco de se tornarem uma geração fechada em seu próprio mundo, concentrada em seus próprios valores, com pouca consciência e uma visão estreita do mundo.

*Profa. Dra. Regina Souza é coordenadora do curso de Psicologia do UNIJALES.



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