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Luz, Câmera e professor em ação

Parece papo de cinema, e de certa maneira você está correto. Para realizar uma produção cinematográfica é preciso estruturar o roteiro, a iluminação, o posicionamento, a gravação e a união de toda equipe envolvida até a entrega do filme. Pois bem, você acaba de conhecer as múltiplas funções e a rotina do novo professor pós-pandemia.
Um roteiro é sinônimo de uma boa narrativa. É preciso pensar e inserir elementos essenciais. O novo professor, antes de iniciar a sua gravação, necessita da apreensão da empatia pensando em como o aluno se posicionará diante da sua aula. Protagonista empático, entende a necessidade de surpresas, acreditando na conexão que será proporcionada. Precisa estar preparado para os conflitos (aliás, nunca a palavra resiliência fez tanto sentido), para as forças antagônicas que podem aparecer e, principalmente, precisa estar preparado para saber contorná-las. E por fim, precisa fazer uso da transformação para conseguir o que deseja, sem produções de ficção, mas com o preparo sistemático de aulas verdadeiras e diárias. 
A rotina de gravação inicia-se com a construção, por parte do professor, de um plano de aula que transforme o ambiente virtual em um espaço pedagógico aberto às possibilidades de diferentes formatos de materiais, fazendo uso da criatividade, para conseguir fazer o aluno se interessar pela aula, participar e, sobretudo, aprender o conteúdo, ampliando seus conhecimentos. E tudo isto, sem esquecer da importância de gravar todas as aulas para a comprovação burocrática necessária que é da sua responsabilidade. 
Imaginar uma boa aula é pensar no cenário onde ela acontece. É preciso reorganizar as decorações, a exclusão de coloridos e poluição visual, pontos de distração para os alunos. É adequar o quarto, sala ou cozinha para a instalação de um mini estúdio dentro de casa. É usar o celular, que até ontem registrava pequenos vídeos caseiros de função pessoal, como uma ferramenta de trabalho capaz de captar importantes conteúdos. As webcams dos notebooks, esquecidas, evoluíram para a função de melhores amigas e, o microfone, antes usado para bate papos informais, são agora utilizados para estabelecer o processo essencial de comunicação entre professor e aluno. 
Já foi dito sobre a importância do espaço, porém, não sobre a claridade. Encontrar um lugar em casa, privilegiado pela entrada de luz natural ou receptível a recursos secundários como: luminárias, ring light, cartolina branca, isopor ou uma pequena lousa, é essencial para o uso da criatividade tão necessária neste momento de isolamento social. O mais importante, indiscutivelmente, é preparar tudo com muito compromisso e responsabilidade, para alcançar e satisfazer um interlocutor especial: o aluno. 
Então, neste momento e trabalhando desta forma, podemos afirmar que o professor virou um “blogueirinho”? Não. Podemos afirmar que ele se reinventou e a escola não parou. Blogueiro, Editor, Produtor, Youtuber; esses termos são poucos para o profissional que trabalha com o ensino neste novo momento do COVID19. A função de ensinar ultrapassou as paredes da sala de aula. O filme apresentado através das telas é criado por professores que transformaram suas rotinas. Dormiram e acordaram um professor do futuro, muito além do ctrl+c / ctrl+v. O objetivo não será mais apenas cumprir cronogramas, mas sim, a manutenção da necessidade do saber e do aprender.  

Katia Juliara Cassuchi Bigulin

Coordenadora do curso de Letras da Unijales

Professora de Língua Portuguesa – Sistema Anglo


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